Os highlights da semana de moda masculina em Milão
O calendário das semanas de moda já iniciou e aqui na Gringa você fica por dentro dos melhores momentos de cada uma delas. No dia 10/01 a semana de moda masculina teve seu start na Pitti Uomo em Florença, na Itália, ela é uma feira semestral que reúne o melhor da moda para os homens e lança tendências.
Depois disso, partimos para o norte, Milão, onde várias marcas apresentaram suas coleções e ideias para o Inverno 2024.
GUCCI
É bem provável que uma das marcas mais esperadas para esta temporada tenha sido a Gucci, depois da inesperada saída de Alessandro Michele da casa italiana (relembre alguns momentos aqui). A coleção foi realizada pela equipe criativa, por isso, sem nomes para aclamar - até o momento - visto que a Gucci ainda não anunciou um sucessor.
O desfile começa com música ao vivo de uma banda tocando soft rock. A passarela não é uma linha reta, mas sim um círculo, onde os modelos dão um giro e retornam ao backstage. As roupas, elas ditam o novo discurso da Gucci, sobriedade, essa talvez seja a palavra a ser adotada de agora em diante.
Fazendo um overview da coleção é notável que a marca quer atingir novos públicos e por esta razão optou por uma cartela de cor mais tímida para as roupas, menos estampas, mas ainda assim carrega os últimos traços de opulência do ex-diretor criativo.
Fonte: Vogue
Tudo aquilo que vinha sendo construído em termos de estética por Alessandro foi rompido com esta nova coleção, é perceptível desde o primeiro look. O modelo veste uma t-shirt branca, calça ampla bege escuro, bolsa grande no ombro e gorro preto, de fato uma nova página está sendo escrita. Fonte: Vogue
O olhar vai direto para as calças com strass formando o monograma da Gucci, blazer oversized com muito brilho, nas bolsas o modelo Jackie veio em versão maxi, e o estilo dos anos 80 conversa com o lifestyle motocross que no final resulta numa coleção muito bem elaborada e sob essa nova perspectiva que a marca quer criar.
Fonte: Vogue
Na Gringa você encontra duas versões da Jackie, a Mini Jackie 1961 e a New Jackie Hobo, que é uma bolsa clássica da marca e vem sendo cada vez mais requisitada.
DSQUARED2
A palavra da marca para esta coleção foi “rebeldia”. Aqui os valores são invertidos e abre espaço para o imaginário com um toque sexy, nesta temporada diferente de outras marcas os irmãos italianos Dean e Dan Canetacci decidem apresentar a coleção men/women juntas.
Fonte: Vogue
O desfile é em celebração aos 20 anos de marca. Com uma pegada jovem, literalmente, que perpassa por vários ambientes dessa fase da vida onde a loucura domina e tudo é mais intenso, o cenário é um quarto cheio de posters, cama bagunçada e uma bateria. Ali é a representação máxima da juventude, “Dsquared Room”.
Os looks são compostos de calças com duplo cós, estilo mais western com franjas e boné, aplicações de pedrarias em jaquetas, e também pele à mostra. Vemos um homem mais ousado e atrevido, disposto a chamar atenção por estar usando uma peça com detalhes ora feminino ora masculino.
Fonte: Vogue
Isso se aplica também para elas, que aqui na passarela estão trajadas às vezes mais rígidas, mas sem perder a sensualidade que aparece em mini saias, transparências e jeans destroyed. Tudo é uma grande brincadeira na coleção da Dsquared2, afinal, a juventude passa tão rápido quanto um piscar de olhos.
DOLCE & GABBANA
A marca é uma das mais famosas do calendário de moda italiano, tanto no masculino quanto no feminino. É sempre visto o quanto eles gostam de retratar um lifestyle genuinamente italiano e reforçam, às vezes exageradamente, essas tradições.
Para a coleção de inverno 2024 a marca decidiu seguir um caminho muito similar ao da Gucci, quem sabe até ainda mais sóbrio. Preto, essa é a definição de Dolce & Gabbana para a temporada. Segundo eles, nós estamos o tempo todo cercados de imagens que nos saturam ao final do dia, a solução para isso é a tela preta.
Fonte: Vogue
Quase todos os looks eram dessa cor, mas tinha também tons de pérola e cinza que carregavam essa nova filosofia da marca. Por sinal a coleção se chama "Essenza", ou seja, Essência em português. Uma forma de trazer tudo aquilo que é essencial numa roupa, o corte, o tecido, a costura e a modelagem.
Fonte: Vogue
Na passarela vemos uma espécie de corset por cima de camisas, junto com calças fluidas de seda. O blazer que geralmente é bem estruturado para o corpo masculino ganha sua versão com ajustes na cintura, deixando uma linha mais afeminada, porém rígida. Nesta coleção a marca conversa com a dualidade das peças e faz disso uma tela de pintura para retratar um outro lado, Dolce & Gabbana.
GIORGIO ARMANI
Outro nome de peso quando falamos de moda italiana, a maison Armani tem um jeito muito singular de comunicar moda para homens e mulheres, conseguindo executar essa tarefa muito bem há vários anos. O fundador Giorgio em seus 88 anos ainda continua sendo diretor criativo e transmite na passarela seu olhar para o homem contemporâneo.
Fonte: Vogue
A coleção é sutilmente inspirada na arquitetura de Milão e traz diversos elementos que remetem a cidade e toda sua beleza, a clássica estampa "Príncipe de Gales” chega para o guarda roupa masculino em blazers e calças. Além disso, lãs, veludos e caxemira também aparecem em diversos looks e conversam com peças comumente usadas no esqui.
Fonte: Vogue
Fonte: Vogue
A passarela da casa italiana tem cores sutis como, azul marinho, preto, cinza e bordô, porém elas determinam a elegância e todo charme que o homem da Armani possui.
FENDI
E para fechar os destaques da semana de moda não poderíamos deixar de falar sobre o desfile da Fendi que levou um pouco de diversão às passarelas. Fazendo uma brincadeira com o nome da bolsa mais famosa da marca “a baguete”, ela foi reimaginada e se transformou literalmente em uma baguete (famoso pão francês).
Fonte: Vogue
A bolsa que foi hit nos anos 2000, tendo Carrie Bradshaw (Sex and The City) como sua fiel escudeira, desde então tem sido escolha de muitos fashionistas para diversos looks e ocasiões. A baguete no desfile ganhou uma fivela da Fendi e foi usada de várias formas.
Fonte: Vogue
Escrito por Jefté Leal