Christian Dior: um revolucionário na moda
Quando tudo começou…
O mundo da moda já teve e ainda tem diversas pessoas que a revolucionaram, uma delas é o francês Christian Dior que no dia de hoje (21/01) estaria completando 118 anos, caso ainda estivesse vivo se não fosse pelo infarto fulminante que o levou a óbito em 1957.
Ele era filho de um comerciante de fertilizantes e sempre se interessou pelas artes plásticas, por isso desde pequeno teve aulas para aprimorar as técnicas que mais tarde dariam a ele uma carreira e o faria revolucionário na moda. Mas, primeiro foi enviado a Paris a fim de estudar Relações Internacionais porque seu pai o queria na carreira diplomática.
Chegando na cidade das luzes ele concluiu a faculdade e logo depois decidiu fazer uma viagem pela Europa. Mais tarde ele abre sua própria galeria e recebe obras de importantes nomes no mundo das artes como, Picasso e Bérard. Seu próximo passo foi certeiro e garantiu a ele um lugar de reconhecimento até os dias de hoje.
Ele iniciou sua carreira trabalhando para o estilista Robert Piguet, e quando voltou do serviço militar na 2º Guerra Mundial trabalhou com outro parceiro que também se tornaria grande nome na moda, o designer francês Pierre Balmain. Os dois trabalharam no ateliê de Lucien Lelong.
Após o período de guerra, Christian Dior finalmente decidiu seguir carreira solo na moda e abriu sua maison em 1946, na Avenida Montaigne nº 30. Hoje em dia, essa é uma das ruas mais famosas de Paris, conhecida por ocupar prédios gigantescos e imponentes de grandes nomes do mercado de luxo como, Prada, Louis Vuitton e Bottega Veneta.
Fonte: Reprodução da internet
Como nasceu o “New Look” by Christian Dior?
Em 12 de Janeiro de 1947, pouco tempo depois de abrir sua marca, o estilista faz uma coleção icônica e apresenta ao público. O salão do desfile estava cheio e várias personalidades da moda esperavam alvoroçadas para contemplarem a estreia de Christian Dior.
A coleção era composta de 90 conjuntos e divididos em duas linhas, uma para o dia (Corolle) e outra para a noite (En huit). O tailleur Bar foi o supra sumo dessa nova estética que Carmel Snow - redatora-chefe da Harper's Bazaar - declarou como “The New Look”, essa frase marcou para sempre a moda e o futuro de Dior.
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Em um período de escassez de matéria-prima por conta da Guerra, Christian Dior traz uma oportunidade de sonhar novamente depois de todo horror que a Europa viveu, nada de miséria na maison francesa, mas sim toda extravagância nos mais de 20 metros de tecidos em diversas peças.
Por ser um saudosista, ele trouxe referências da Belle Époque, e as roupas exalam feminilidade ao máximo somados às tradições vigentes.
O estilo que ele apresenta é uma cintura bem marcada, com o icônico tailleur bar que era uma jaqueta em shantung creme com basques arredondadas, que vem seguindo definidamente a linha do busto e deixa acentuado por causa do espartilho, na parte de baixo o look se abre e mostra uma linda saia plissada preta, deixando o caminhar da mulher fluido e elegante.
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O legado de Christian Dior e sua maison
Como já falamos no comecinho do post, o estilista francês teve uma morte súbita. Porém, antes disso ele já havia deixado seu legado para a moda e agora a gente te conta um pouquinho mais sobre isso.
No mesmo dia do desfile, ele também apresentou um perfume chamado Miss Dior, criado em parceria com Paul Vacher. A fragrância era um mix de rosas, gardênias e jasmim e vinha numa embalagem que remete a ânfora grega. Nos anos 60 também houve a criação do perfume Diorling.
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Sua paixão por flores sempre esteve presente nas coleções, assim como, seu traço de personalidade mística, acreditando em tarôs e símbolos.
Christian Dior foi mentor de um nome que também revolucionou a moda no século XX. O jovem era Yves Saint Laurent que foi assistente-chefe dele aos 19 anos e, em 1957, logo após o falecimento de Dior, ele foi nomeado diretor criativo da marca ainda com seus 21 anos, sendo o mais novo no ateliê.
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A icônica bolsa Lady Dior
Há mais de duas décadas que essa bolsa surgiu durante os anos 90, o estilista que comandava a maison era o italiano Gianfranco Ferré e nesse período ele criou uma das bolsas mais famosas do mundo.
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A princípio o nome da bolsa era “Chouchou”, que significa “favorita(o)” em francês - e recebe a técnica em pesponto que lembra o cannage durante sua confecção -, mas depois de ter sido usada pela Princesa Diana, foi renomeada para “Lady Dior”, e se tornou um must have até os dias de hoje para quem é apaixonado em colecionar bolsas.
Fonte: Dior
O acessório foi um presente da então primeira-dama da França, Bernadette Chirac, em 1995, e se tornou hit porque a Princesa foi fotografada diversas vezes usando a bolsa e pouco tempo depois fez uma encomenda de todas as versões que a marca possuía dela.
Fonte: Vogue
Um detalhe especial da Lady Dior são os berloques em dourado com as letras D.I.O.R, que dão um charme à parte na bolsa.
Um hit dos anos 2000
John Galliano durante seus 15 anos de história na maison Dior ajudou a atualizar os conceitos e revolucionou eles também, em 1999 ele criou a Saddle Bag e a apresentou pela primeira vez em 2000. Insiders da moda dizem que a bolsa foi inspirada numa fotografia de Helmut Newton, intitulada Saddle I, de uma modelo com uma sela de cavalo (“saddle” em inglês) e botas de montaria deitada numa cama, por isso o nome.
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Depois disso, a bolsa foi usada por nada mais nada menos que Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) em Sex and The City. Outras famosas que também usaram foram Paris Hilton, Nicole Richie e Beyoncé.
Na coleção de Inverno de 2018, a atual diretora criativa Maria Grazia Chiuri revisitou os acervos da marca e trouxe às passarelas a Saddle Bag que já tinha sido hit nos anos 2000. Imediatamente a bolsa voltou a ser uma queridinha dos fashionistas, ganhando novas padronagens, cores, tamanhos e texturas. Nomes como Kendall Jenner, Bella Hadid e Chiara Ferragni fizeram bombar nas redes sociais.
Fonte: Vogue
Essas duas últimas bolsas que nós falamos são uma das melhores bolsas de luxo para vender e aqui na Gringa nós já falamos sobre, você confere não somente elas, mas outras bolsas da Dior que são ótimas para vender, além de uma estimativa e média de valores de várias bolsas desse modelo que já passaram na Gringa.
Fonte: Vogue
Futuro da Dior
Atualmente a diretora criativa da marca é a italiana Maria Grazia Chiuri, que veio da Valentino onde dividia o comando com Pierpaolo Piccioli. Até ela assumir o posto da marca nenhuma mulher havia sido estilista e isso foi uma grande mudança, porque ela como figura feminina transmite as próprias ideias e conceitos para outras mulheres.
Fonte: Vogue
Fonte: Vogue
Além disso, ela já abordou assuntos como feminismo em suas passarelas e sempre vem trazendo inovações para a casa Dior, mas sem perder as ligações com as raízes da marca.
É perceptível que desde o fundamento da maison nos anos 40, o principal objetivo do seu fundador era que as mulheres se sentissem valorizadas e pudessem ter um pouco mais de esperança, e isso foi possível graças a diversos nomes que passaram pela marca e ainda vão continuar fazendo história na Christian Dior.
Escrito por Jefté Leal
