Os segredos por trás do valor de um diamante

Os diamantes são tão preciosos que carregam milhares de detalhes por trás da sua fama e beleza: estamos falando de suas cores, purezas, lapidações e quilates, pontos criteriosamente avaliados nessas gemas, independente de suas origens.

Todas essas características são conhecidas mundialmente nas altas joalherias como 4Cs, do inglês color, clarity, cut e carat weight, podendo serem identificadas e classificadas apenas por especialistas da área, justamente por exigirem técnicas e ferramentas específicas para tais classificações.

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A lapidação é o critério mais importante de todos: se refere à forma como as facetas do diamante interagem com a luz, ou seja, determina a beleza da pedra justamente por se tratar de simetria, proporção e polimento.

Um diamante com uma lapidação ruim parecerá opaco mesmo se tiver classificações de cor e pureza altas, diferente de um diamante com uma boa lapidação, que refletirá e refratará a luz, produzindo brilho máximo.

Os três fatores que determinam a lapidação de um diamante são a precisão da lapidação, a simetria das facetas e o polimento das mesmas.

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Além de ser o mais importante entre os pontos a serem avaliados, a lapidação é também o mais sensível deles, já que é o único que pode ser afetado por mãos humanas. Dentre toda essa especificidade, existem 3 principais tipos de lapidações no mercado: lapidação brilhante, em degrau e mista.

A cor é a segunda característica mais importante, e ela refere-se ao tom natural dos diamantes incolores. Nesse quesito, quanto menos cor o diamante tiver, mais raro ele será, isso porque na natureza, os diamantes em sua grande maioria são naturalmente amarelados - com exceção dos diamantes amarelos, que fazem parte dos fancy diamonds, apreciados pela profundidade da sua cor natural, sendo extremamente raros e, portanto, ainda mais notáveis.


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O padrão da indústria para classificar a cor é avaliar cada pedra ao lado de um conjunto de “pedras mestras” com iluminação específica e designar uma classificação entre as letras “D” (incolor) a “Z” (amarelo-claro). 

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Já a pureza do diamante é uma medida de características naturais e da raridade da pedra que diz respeito à visibilidade das inclusões e impurezas internas das pedras, o que afeta diretamente os fatores de cor e brilho. Como as inclusões impedem a refração e o retorno da luz, quanto menor o grau de pureza, mais turvo o diamante será.

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E por último, mas não menos importantes, os quilates, que diferente do que a maioria acredita, se referem ao peso dos diamantes, não aos seus tamanhos.

Outro detalhe importante nessa caraterística é que o peso em quilates pode parecer diferente entre os diversos formatos de diamantes, como brilhante, princesa, oval ou coração.Um diamante pode ter um peso em quilates maior sem parecer maior, assim como dois diamantes do mesmo peso em quilates podem ter tamanhos diferentes se a lapidação de um for mais profunda do que a do outro. Em outras palavras, é importante observar que o peso em quilates não indica necessariamente o tamanho do diamante. 

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E não se engane: o peso em quilates não é o que determina o valor de uma peça. Duas pedras de um quilate podem variar muito em valor considerando sua pureza, cor e lapidação.

Todas essas características são levadas em consideração nas marcas de luxo, assim como nos principais nomes do mercado de segunda mão, como a Gringa. Isso porque além de interferir na avaliação e descrição da matéria-prima, diz respeito também sobre o seu preço comercial. 

Os diamantes revelam segredos e nós acabamos de revelar um dos nossos! Agora queremos saber o de vocês: qual dessas características é mais valiosa na hora de chamar um diamante de melhor amigo? 

 

05/07/2023 CURADORIA | RENATA FERNANDES