GLOSSÁRIO #GREENGA
O movimento de consciência e sustentabilidade na moda chegou para ficar. E aqui na Gringa a gente vibra com cada nova adepta. 👏🏻👏🏼👏🏽👏🏾👏🏿
Ao buscar por marcas que compartilhem os mesmos valores que a gente, nos deparamos com diversas palavras e termos do universo da moda sustentável que não possuem uma definicação rígida. Por esse motivo, resolvemos criar um glossário de termos comuns que você pode encontrar por aí (Lembrando que muitos desses termos são dinâmicos, bastante amplos e abertos à interpretação).
Moda circular. Na economia circular, tudo é pensado para eliminar o lixo e a poluição durante o ciclo de vida de um produto. A moda circular pode ser definida como roupas, sapatos ou acessórios que são projetados com grande longevidade, eficiência de recursos, não toxicidade, biodegradabilidade, reciclabilidade e boa ética em mente. A ideia é fazer com que roupas e acessórios fiquem em circulação pelo maior tempo possível, lembrando que o lixo é considerado um erro de design. A Gringa é um modelo de negócio circular porque somos um recommerce de acessórios de luxo. Ou seja, colocamos itens de moda em desuso para circular de volta na economia. Com isso, estendemos a vida útil dessas peças e aliviamos a pressão por novos recursos do planeta.
Moda sustentável, moda consciente, moda ética, moda responsável. Uma moda ética/consciente/sustentável (chame como preferir), é a moda que leva em consideração as pessoas que estão por trás do seu ciclo de produção, assim como o seu impacto ambiental. A moda pode e deve ser ferramenta de transformação social e de cuidado com o nosso planeta. Logo, a escolha de fornecedores e materiais, o design que minimiza o desperdício, e modelos de negócio circulares nunca se mostraram tão importantes.
Slow fashion. Na contra-mão do fast fashion, o movimento slow fashion é a favor da desaceleração de produção e da redução do consumo. Foca na qualidade ao invés da quantidade, com a ideia de que peças atemporais e de longa duração são uma opção mais sustentável de consumo.
Second hand. É o termo utilizado para itens que anteriormente pertenciam a uma determinada pessoa, e que posteriormente foram comprados ou transferidos para outrx donx. Em puro e simples português, itens de segunda mão ou usados.
Vintage. Um item de moda que tem entre 20 a 99 anos de idade, e possui as características do seu tempo.
Upcycling. O processo de criar algo melhor e novo a partir de resíduos ou produtos usados. Itens de moda usados como roupas e bolsas podem ser modificados e transformados em novos. Basta usar a criatividade e adicionar novos botões, cortar, pintar, costurar etc. E se você não curtir a vibe DIY (do it yourself), pode recorrer à costureira do bairro, uma amizade talentosa ou a designers. O upcycling promote a circularidade pois ajuda a estender a vida útil de roupas e acessórios.
Zero waste (lixo zero). Embasada na lógica da circularidade, a moda zero waste segue um processo de produção que não gera lixo. Materiais existentes são usados em sua capacidade total: sobras de tecido e/ou retalhos são usados para a criação de novos itens; o design é pensado, desde o início, para não haver sobras; são também pensadas formas de se estender a vida útil de peças e materiais.
Vegano. Peças feitas sem animais ou produtos derivados de animais. Materiais como couro, lã, peles, penas e seda não são utilizados.
Biodegradável. Roupas e tingimentos biodegradáveis se decompõe naturalmente e de forma mais acelerada após o descarte. Materiais sintéticos podem levar décadas e até mesmo séculos para se decompor. Exemplos de tecidos biodegradáveis: linho, cânhamo, bambú, algodão.
Regenerativa. A palavra traz consigo o sentido de recuperar os recursos naturais explorados pelas atividades humanas e reintegrar a produção com os ciclos da natureza. A agricultura regenerativa é por sua vez baseada em práticas de cultivo ancestrais, e busca restituir o solo com um olhar holístico sobre os ciclos naturais do ambiente. Boa parte do impacto ambiental de um item de moda acontece logo no início da cadeia de fornecimento da matéria-prima. A moda regenerativa engloba a produção e o consumo que respeitem as pessoas e o planeta, de forma a não pressionar recursos naturais e contribuir para o aquecimento global, mas sim restituir e preservar o meio ambiente.
Carbono neutro. É quando uma marca neutraliza suas emissões de carbono através de instrumentos de compensação. Pode envolver doar para ONGs sérias que plantam árvores, apoiam comunidades locais e recuperam áreas desmatadas, ou apoiar projetos de eficiência energética. Na Gringa compensamos 100% das emissões de CO2 relacionadas ao nosso negócio através do Programa Carbono Neutro do Idesam. Importante lembrar: é fundamental que empresas busquem formas de reduzir suas emissões, e compensem apenas o que não puderam eliminar.
Cuidado com o Greenwashing (lavagem verde): O famoso “fala mas não faz”. Termo usado para empresas que, visando criar uma imagem positiva, usam narrativa eco e socialmente correta, quando na verdade não adotam medidas sérias para minimizar questões ambientais e sociais. Muitas marcas afirmam que são eco-friendly, lançam coleções sustentáveis pontuais e dizem que seus produtos são “feitos com consciência”. Mas o que essas vagas afirmações querem dizer? Marcas devem se comunicar de forma transparente e honesta com clientes. Como consumidores, é preciso buscar informações e suspeitar de afirmações genéricas.
Gostaria de ver mais algum termo do universo da moda sustentável por aqui? Conta pra gente!
Enquanto isso, seguimos na nossa missão de estender a vida útil de acessórios de luxo e promover a economia circular através da moda 😉
#OFuturodaModaéCircular
Escrito por Carol Perlingiere