Breaking News 08/03/2024
Como a moda de luxo combate o estoque parado
Em um terreno industrial perto da fronteira franco-belga, os sapatos de alta qualidade, bolsas e peças de vestuário pronto para vestir são rotineiramente desmontados, triturados e granulados em preparação para reciclagem. Esses produtos nunca foram utilizados por um consumidor. Em vez disso, representam uma pequena parcela do desafio bilionário para as maiores empresas de luxo: o que fazer com os bens que não são vendidos de uma temporada para outra? Conglomerados como LVMH e Kering têm grandes somas em estoque devido à "obsolescência" ou falta de perspectivas de vendas.
O excesso é uma característica do modelo de negócios dominante na moda, projetado para maximizar a eficiência de produção e as perspectivas de vendas em uma indústria orientada por tendências. No entanto, como as empresas lidam com o crescente excesso é uma questão cada vez mais complicada. As marcas de luxo tradicionalmente usavam vendas internas, eventos de compras privadas e outlets para vender discretamente o estoque antigo, além das polêmicas queima e destruição de produtos.
A reciclagem é uma solução, mas desmontar manualmente cada produto para que suas partes constituintes possam ser reprocessadas em novos materiais é custoso, demorado e atualmente limitado em escala. As empresas de luxo estão buscando soluções, desde o uso de inteligência artificial para previsões de vendas até parcerias com instituições de caridade e escolas para doar e reciclar produtos excedentes.
Igualmente, as labels de luxo estão explorando maneiras de reaproveitar o que não conseguem vender. Projetos como o Continuum da Gucci e iniciativas de circularidade da LVMH mostram um movimento em direção à sustentabilidade e à responsabilidade ambiental na indústria da moda. No entanto, a maior alavanca para a mudança é não produzir em excesso desde o início, o que exigirá pensamento criativo e inovador e talvez modelos de negócios diferentes.
Palavras Chave: Marcas de Luxo, Estoque, Reciclagem, LVMH, Kering.
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Foto: Business of Fashion.
Coperni lança bolsa feita de... ar?
A marca francesa conhecida por unir ciência à moda, trouxe desta vez a bolsa icônica Swipe produzida em um material desenvolvido pelo professor Ioannis Michaloudis.
A peça composta por 99% de ar e 1% de vidro pesa 33g, mas com capacidade de suportar uma pressão de 4 mil vezes seu próprio peso. O aerogel de sílica, nanomaterial da Nasa usado para a captura de poeira estelar, é considerado o sólido mais leve do planeta, e o vidro do futuro.
A Air Swipe Bag é a maior peça já produzida deste material! Parafraseando Neil Armstrong: um pequeno passo para a Coperni, mas um grande salto para a moda.
Palavras Chave: Coperni, Nasa, Aerogel de Sílica, Air Swipe Bag.
Foto: Divulgação Coperni
Morre ícone fashion centenária
Se ao pensar em mulheres da terceira idade já vêm imagens de vovozinhas usando conjuntos e sapatos bege, é porque você não conhece Iris Apfel.
Nascida no Queens, em Nova Iorque, filha de russa com americano, Iris se formou em artes na Universidade de Winsconsin. Trabalhou por um período como redatora do jornal de moda Women's Wear Daily, e depois de um tempo, se casou e fundou a empresa Old World Weavers, um grande destaque no ramo de tecidos para interiores dos Estados Unidos, prestando serviço até para Casa Branca.
A partir de 1992, quando Sr. e Sra. Apfel venderam a empresa e se aposentaram, Iris começou sua consolidação como celebridade e ícone fashion. Foi em 2005 que ganhou ainda mais fama quando o Costume Institute, departamento do Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque, pediu seu acervo de joias raras, levando à exposição “Rara Avis: The Irreverent Iris Apfel” com mais de 300 acessórios e 80 looks.
Reconhecida por seu estilo maximalista, braços preenchidos por braceletes e óculos enormes, Apfel foi inspiração para uma linha de maquiagem da MAC, sapatos Jimmy Choo, bonecas Barbie e tem em seu currículo campanha para Coach e fotos para Vogue. Também lançou um livro e documentário e foi agenciada pela IMG Models, agência que cuida da carreira de modelos como Kate Moss e Gigi Hadid.
Iris faleceu aos 102 anos de idade na última sexta-feira (01/03), e será lembrada por quebrar os paradigmas do etarismo na moda, onde apenas a jovialidade é considerada bela e merecedora de composições estilosas, além de seus looks nada convencionais.
Palavras Chave: Iris Apfel, Fashionista, Etarismo, Metropolitan Museum Of Art.
Foto: Divulgação Instagram.
Das passarelas para os armários: as maiores tendências da Paris Fashion Week fall/winter 2024
Encerrando o calendário das semanas de moda, na terça-feira (05/03), a PFW revelou algumas tendências que poderemos aderir nos próximos meses, são elas:
Jeans com jeans, a composição que lembra muito o casal Britney Spears e Justin Timberlake chegando ao American Music Awards em 2001, ganha novos ares. Dior e Schiaparelli mostraram looks total jeans usados com botas e gravatas.
Foto: Divulgação Dior Inverno 2024.
Bolsa clutch é o que sugere Hermès, Valentino e Louis Vuitton. Depois das mini bolsas e das maxi bolsas, seria a hora de bolsas sem alças carregadas nas mãos?
Foto: Divulgação Hermès Inverno 2024.
O trench coat clássico da inglesa Burberry, desta vez foi emprestado para as passarelas de Balmain e Balenciaga.
Foto: Divulgação Balmain Inverno 2024.
Se a estética Mob Wife sobreviver até o inverno com toda certeza essa será vestida de Isabel Marant e Dior. As estampas animal print, sobretudo as de onça, foram vistas em casacos e meias-calças.
Foto: Isabel Marant Inverno 2024.
A transparência também não tem data prevista de sair de cena. Muito usada nas coleções de Ann Demeulemeester e na marca mestre da sensualidade transparente: Saint Laurent.
Foto: Divulgação Saint Laurent Inverno 2024.
Palavras Chave: Paris Fashion Week, Semana de Moda, Tendências.
