Breaking News 01/08/2025
Problemas de avaliação da Hermès eclipsam ganho de vendas
As ações da Hermès caíram até 4,7%, mesmo com um sólido crescimento de 9% nas vendas do segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas (8,9%). A queda reflete preocupações do mercado com a avaliação elevada da empresa em meio à desaceleração do setor de luxo.
A Hermès tem se destacado de rivais como LVMH e Kering por manter alta demanda e produção limitada de produtos icônicos como as bolsas Birkin e Kelly. Recentemente, um Birkin original foi vendido por quase € 8,6 milhões em leilão.
Apesar de desafios como a queda da demanda na China e tarifas sobre produtos europeus nos EUA, a empresa manteve sua perspectiva estável. O CEO Axel Dumas afirmou que não haverá novos aumentos de preços nos EUA por enquanto.
Enquanto concorrentes como Gucci (-25%) e Louis Vuitton (-9%) viram quedas acentuadas nas vendas, a Hermès conseguiu crescer, mesmo com sua alta exposição ao mercado chinês (45% da receita). O desempenho acima da média reforça a resiliência do modelo de negócios da marca francesa, mesmo em um cenário global adverso.
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Vendas da Prada ficam abaixo das estimativas em meio à queda do luxo
A Prada SpA registrou um crescimento de 9% na receita líquida no primeiro semestre de 2025, ligeiramente abaixo das previsões dos analistas. O desempenho foi impactado por uma queda de 2% nas vendas da marca Prada, reflexo de um cenário econômico global desafiador e incerto, segundo a empresa.
Apesar de uma alta expressiva da Miu Miu, com vendas no varejo subindo 49% no semestre (e 40% no 2º trimestre), o ritmo desacelerou e ficou aquém das expectativas. O grupo também viu desempenho mais forte no Oriente Médio e nas Américas, enquanto Ásia-Pacífico, Japão e Europa apresentaram crescimento abaixo do esperado.
A empresa enfrenta o mesmo clima de cautela do consumidor que afeta o setor de luxo como um todo, intensificado por inseguranças econômicas e receios inflacionários. As ações da Prada caíram cerca de 22% neste ano, e o presidente do conselho, Patrizio Bertelli, reconheceu que a instabilidade deve continuar no curto prazo.
A CEO Andrea Guerra afirmou que ainda é cedo para dizer que o pior já passou, mas mantém a meta de crescer acima da média do mercado. Guerra também assumiu temporariamente a liderança da marca Prada após a saída do CEO Gianfranco D'Attis.
Em movimento estratégico, a Prada anunciou a aquisição da Versace por € 1,25 bilhão, a maior compra da sua história, com conclusão prevista para o segundo semestre.
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Vendas da Hermès sobem 9%, superando rivais
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