Breaking News 29/11/2024

O problema das fábricas exploradoras italianas 

O escândalo envolvendo marcas de luxo como Dior e Armani revelou uma realidade muitas vezes ocultada pelas narrativas de exclusividade, qualidade e artesanato: a existência de práticas exploratórias nas cadeias de suprimentos de luxo. Essas práticas questionam a autenticidade dos compromissos assumidos por essas marcas com a ética e a sustentabilidade.

Cenário do Escândalo

As investigações apontaram que algumas fábricas italianas, terceirizadas para produzir peças de luxo, operavam ilegalmente e exploravam trabalhadores em condições precárias. As marcas negaram envolvimento direto, alegando desconhecimento das irregularidades, mas as acusações trouxeram à tona um problema sistêmico que parece ser inerente à complexidade das cadeias de suprimentos, mesmo em setores de alto padrão.

   Ler Mais

Primeira loja da Telfar

A inauguração da loja da Telfar no SoHo, em Nova York, marcou um momento importante para a marca, consolidando sua posição como símbolo de luxo acessível e inclusivo. Fundada por Telfar Clemens, a marca é conhecida por suas bolsas de couro vegano, apelidadas de "Bushwick Birkin", que se destacam por serem acessíveis e altamente desejadas. A nova loja, com 10.000 pés quadrados, não é apenas um espaço de varejo, mas também um centro cultural que reflete o espírito da marca.

O "bar de bolsas", principal atração, exibe toda a linha de produtos, desde os modelos clássicos até as novas bolsas de couro legítimo. Além disso, o estúdio no meio da loja transmite conteúdos ao vivo para a Telfar TV, incentivando interação e frequência ao local. Durante a inauguração, a atmosfera descontraída e festiva incluiu performances improvisadas e encontros com Clemens, reforçando a ideia de que a Telfar é para todos. Com isso, a marca continua a desafiar os padrões tradicionais do luxo, aproximando-se de uma comunidade fiel que valoriza autenticidade e inclusão.

   Ler Mais

Onde a moda está encontrando crescimento na Ásia enquanto a China estagna 

A economia da China, apesar de continuar a crescer acima da média global, está enfrentando uma desaceleração significativa em comparação com seu ritmo histórico. Projetada para expandir 4,5% em 2025, a economia chinesa vê impactos dessa desaceleração em setores como o varejo de vestuário, que registrou crescimento modesto de 1,3% no primeiro semestre de 2024. A confiança do consumidor, as vendas de imóveis e a alta relação dívida/PIB também indicam desafios para 2025.

No setor de moda, a preferência dos consumidores chineses está mudando. No segmento não luxuoso, marcas nacionais continuam a ganhar terreno, enquanto marcas internacionais enfrentam pressões para se adaptar a preferências locais. No mercado de luxo, a desaceleração é acentuada pela "vergonha do luxo", levando os consumidores a optar por produtos mais discretos. Apesar disso, marcas como Prada e Hermès ainda registram crescimento em outros mercados asiáticos, e o governo chinês tenta impulsionar a demanda doméstica com estímulos econômicos.

Com isso, executivos de moda estão voltando suas atenções para mercados asiáticos alternativos, como Índia, Japão e países emergentes da APAC, incluindo Indonésia e Tailândia, que apresentam forte potencial de crescimento e ganham importância estratégica no cenário global. Esses mercados emergentes, embora ainda menores em escala, estão sendo impulsionados por influenciadores regionais e centros de moda emergentes.

   Ler Mais

Foto de capa: Shutterstock

 

NOTÍCIAS | YASMIN LANZA