Breaking News 05/01/2024
Bem-vindos a primeira Breaking News de 2024! Hoje, falaremos um pouco a respeito do que esperar de tendência para esse novo ano. Aproveite!
10 temas que definirão a agenda Fashion de 2024
Enquanto as compras de artigos de não-luxo seguiram com ínfimo aumento desde 2020, em 2024 é esperado essa mesma constância de aumento, transitando entre 0 e 4% em países como Estados Unidos e o continente europeu. Quem se destaca nesse mercado e, também no luxo, é a China, com expectativa de crescimento de 4% a 6% de crescimento.
Desde 2019, a China tem visto seu mercado dobrar de tamanho, sendo um ponto de atenção para o crescimento fashion desde 2023 e, agora, em 2024. Nos outros países o segmento de luxo tende a crescer entre 3% a 5% - uma diminuição em relação ao ano anterior.
Os países e regiões promissoras de 2024, se tratando do mercado fashion, são Índia, Oriente Médio, América do Norte e, como dito acima, China.
Sendo assim, segundo o Business of Fashion, os 10 temas que definirão a agenda fashion pelo mundo, em 2024, são:
1) Futuro Fragmentado: com o cenário geopolítico e econômico incerto, os fornecedores, marcas e varejistas terão que se planejar minuciosamente para atender suas expectativas de crescimento.
2) Urgência Climática: com os eventos climáticos se tornando mais visíveis, a pauta sustentabilidade está a todo vapor. A indústria fashion não pode mais ser neutra e resiliente quanto a isso, é necessário agir e veremos isso em 2024.
3) Modo Férias: desde a pandemia, 2024 está sendo previsto como o ano com o maior número de viagens até então. Porém, uma mudança de valores trouxeram outras expectativas. Logo , os varejistas deverão considerar distribuição e categorização de estratégias para encontrar os clientes onde quer que estejam.
4) O Novo Rosto da Influência: novos tipos de personalidades influentes estão ganhando forças, e isso exige novos tipos de parcerias e criatividade.
5) O Ar Livre Reinventado: com hábitos mais saudáveis advindos dos tempos pandêmicos, as marcas acompanharam esse lifestyle e continuarão assim em uma linha tênue entre funcionalidade e estilo.
6) Geração da Inteligência Artificial: seu uso apenas cresce desde seu debute em 2023, pedindo aos fashion players para olharem além da automação e explorarem o toque humano.
7) Jogos de Poder das Fast Fashions: a competição neste segmento será ainda mais acirrada - Shein e Temu estão mudando suas táticas em preço, experiência de compra e velocidade -. Assim, será necessária habilidade de adaptação para agradar os consumidores pela indústria.
8) Foco no Branding: enquanto o marketing de performance cai, a criação de comunidades e laços com os consumidores pela marca aumenta.
9) Sustentabilidade em foco: jurisdições e novas regulamentações atingirão tanto a indústria quando os consumidores. Marcas e fabricantes precisarão se alinhar a um novo modelo de negócios.
10) Efeito Chicote: o fenômeno exige maior transparência e parcerias estratégicas por parte das marcas e varejistas, como veremos na matéria abaixo.
Palavras chave: Previsões 2024, Mercado de Moda, Sustentabilidade
Fonte: Colagem por BOF.
O que é o "Efeito Chicote" e como ele afeta a moda
O Efeito Chicote é o fenômeno em que a mudança de comportamento do consumidor escala - e aumenta - para toda a cadeia de suprimentos, desde o fornecedor até o varejo. A volatilidade dessa cadeia, com a diminuição da procura do consumidor, gerou um declínio acentuado na utilização das fábricas, demissões generalizadas e atrasos nos investimentos. Além disso, tal queda na procura faz com que cada parte da cadeia de abastecimento compense excessivamente, reduzindo as previsões, diminuindo a produção e diminuindo os volumes de encomendas – muitas vezes devido a lacunas de comunicação e imprecisões nas previsões.
Tal efeito foi evidenciado em 2020 e 2021 quando, na pandemia, o atraso de produtos foi reparado com estoque excessivo. Como consequência, em 2022 os varejistas ficaram com bilhões de dólares parados em estoque, uma vez que os consumidores foram mais cautelosos em suas compras. Em 2023, ainda em decorrência dos primeiros anos citados, os pedidos foram reduzidos os cancelados.
Apesar das marcas e varejistas visarem aumentar sua capacidade de produção, ainda são sentidas as repercussões da volatilidade da cadeia de suprimentos da indústria. Mundialmente, as exportações de tecidos caíram e o ambiente insalubre e montante de estresse vivido pelos trabalhadores se agravou. Alguns dos países afetados foram a China, Índia, Paquistão e Sri Lanka, gerando greves e desemprego.
Para 2024, é esperada uma melhora na capacidade de produção, porém as consequências do fenômeno ainda serão vistas.
Palavras chave: Bullwhip Effect, Indústria Fashion, Comportamento de Consumo
Fonte: Shutterstock
"A Moda pode mudar a África"
Apesar do aumento global em produtos de origem africana, devido a filmes e aceitação de suas raízes por pessoas jovens, os designers deste continente ainda enfrentam desafios para sua produção. Um desses ofensores, por exemplo, é o fato de 81% do algodão produzido na África ser exportado, deixando pouca matéria-prima para a produção local. Em um relatório da UNESCO, foi apontado que a exportação estava restringindo a emergência de regiões têxteis, prejudicando oportunidades na economia local.
Outro exemplo é a Nigéria que, nas décadas de 1960 e 1970 teve sua ascensão na indústria, porém logo foi levada a produções estrangeiras.
Movimentos como “Made in Africa” têm crescido nos últimos anos, principalmente entre a classe média, contudo, os designs nacionais permanecem inacessíveis a maioria da população em razão dos altos custos de fabricação e importação de insumos têxteis. Atualmente, outros empecilhos são a falta de incentivo do governo e a ausência de investidores.
Alguns outros movimentos relevantes tem sido a ajuda da Impact Fund For Africans Creatives (IFFAC) com rodadas de investimentos para esse setor e, a recente compra de uma fábrica em Ghana para o aumento da produção têxtil local.
Palavras chave: África, Design Africano, Moda Africana
Foto: Courtesy